Benchmark Asiático

A Ásia é a região do mundo que tem crescido mais rapidamente nos últimos 50 anos. Países de várias dimensões e contextos que servem de exemplo para o Brasil.

Entre as economias que mais se destacam na Ásia temos: Japão, Taiwan, Coréia do Sul, China, Singapura, Hong Kong e Malásia. Somos menos desenvolvidos que todos eles, contudo exceto o Japão, não faz tanto tempo que passaram por nosso estágio de desenvolvimento.

EUA, Alemanha e Inglaterra estão 60 a 100 anos a nossa frente, então ficam muito distantes da nossa realidade.

A China crescendo por volta de 9% ao ano há quase 40 anos, tendo vários anos crescido 10% ou mais, quebrou recorde de sucesso econômico na história da humanidade e, desta forma, definiu que 10% é uma realidade plausível para ter como objetivo.

Exemplos de aprendizados da Ásia:

  • A área rural não é economicamente relevante. O conhecimento e o PIB se acumulam nas cidades. Evidência forte em Singapura que é um país de sucesso em todas as variáveis sem ter área rural.
  • A preocupação com o bem estar da comunidade toda. Investimentos em infra-estrutura social (moradia, transporte, educação e saúde)
  • O comunismo chinês com 70 milhões de membros do partido votando na seleção do líder. Não é uma democracia perfeita, mas garante uma boa escala de meritocracia para decidir quem manda.
  • O uso intenso dos recursos dando prioridade para o bem estar do ser humano. Maximização da exploração agrícola para geração de renda e emprego. Não se vê ociosidade de recursos.
  • Uso de conhecimento e tecnologia para melhorar a produtividade da economia. Em Taiwan parece que 50% dos veículos são scooters, que são muito eficientes para o transporte urbano, e mais seguras do que as motocicletas convencionais que vemos no Brasil. Grande parte delas elétricas.
  • Planejamento urbano exemplar através da construção antecipada de moradias adequadas nas cidades para receber mão-de-obra que vem da agricultura. Assentamentos rurais e favelas nas cidades são badernas desnecessárias. Assentamentos são claramente uma distorção invertida do ciclo de crescimento de uma economia (volta para o campo onde há pouco conhecimento e riqueza).
  • O conhecimento, o PIB, está principalmente no cérebro das pessoas. Não tem short-cut como no Matrix. Para fazer o catch-up precisa colocar o conhecimento na cabeça dos cidadãos, que usarão as tecnologias e processos que deixam nosso dia-a-dia mais produtivo: engenharia, medicina, direito etc.