Histórico

A experiência com o tema do câmbio já conta 35 anos.

Sucesso de empresa nacional incentivada pelo câmbio. No final da década de 70 seu pai comprou um negócio de representação de produtos importados para manutenção de pneus da marca PANG. No início dos anos 80, com a desvalorização do cruzeiro, os produtos importados não eram mais competitivos e os nacionais da marca VIPAL ganharam o mercado, apesar da qualidade na época ser bem inferior aos importados. Hoje a VIPAL é uma multinacional brasileira, extremamente mais organizada e competente do que as outras marcas internacionais.

Inviabilização de Indústrias. Em 1992 trabalhou em projeto de avaliação da Camargo Correa Metais, produtora de silício metálico em Tucuruí/PA. Este empreendimento de US$200M estava tendo prejuízos anuais de US$15M porque a sobrevalorização da moeda nacional tinha tornado um produto lucrativo em 1985 (momento da decisão de investimento) em inviável economicamente.

Busca da diferença entre Brasil e EUA. Filho de norte-americano tinha o desafio de entender porque o Brasil não havia trilhado o mesmo caminho de sucesso dos EUA. Foi fazer MBA em Harvard e, aconselhado por Rudiger Dornbusch do MIT, participou do curso do Bruce R. Scott sobre National Economic Strategies. Bruce, pesquisador de crescimento econômico em todo o mundo, representante do Senado no U. S. Competitiveness Policy Council, afirmava que o sucesso da China era baseado na taxa de câmbio desvalorizada. Dizia também que nenhum prêmio Nobel de economia havia sido entregue a asiáticos, apesar da maior parte do crescimento econômico do mundo ter vindo da Ásia nos últimos 60 anos (Japão, Tigres Asiáticos, China etc.). Esta estratégia de crescimento com base em câmbio foi a mesma aplicada pelos EUA competindo contra a Europa em 1850-1930.

Análises no McKinsey Global Institute. Em 1997 fez parte da equipe brasileira responsável pelo Projeto de Produtividade do Brasil. Liderou as análises dos setores de Telecom e Construção, comparando operações brasileiras com norte-americanas. Na fase de síntese do projeto, obteve dados econômicos de 1900 a 1995 de vários países: China, Malásia, Japão, EUA, Chile, Coréia do Sul, Taiwan, Indonésia e outros. As análises demonstraram a importância do setor industrial no desenvolvimento dos países, assim como a relevância da desvalorização cambial para a competitividade e formação da indústria na fase de baixa produtividade.

Manifesto ao Desenvolvimento: R$3,70 + IGP-DI. Em 1997 deixou a McKinsey e escreveu Brazil Economic Development: The Exchange Rate Issue. Este documento transformou-se no manifesto mostrando que o Brasil precisaria de um câmbio de R$3,70 em abril 2000 para ficar tão competitivo quanto a China e assim acelerar seu crescimento.

Câmbio e Crescimento: R$5,47. Em 2007 atualiza o trabalho e estima que o Brasil precisaria de câmbio a R$5,47 para competir com a China.

Desindustrialização. Nossa indústria que chegou a ter mais de 25% do PIB e 17% do emprego (1985), hoje representa 9% do PIB e menos do que isto do emprego.

Peregrinação Internacional e Nacional:

  • Europa Latina (2017): Renascimento e Descobrimento do Brasil (Itália, Suíça, França, Espanha e Portugal)
  • Europa Anglo-Saxã (2016): Revolução Industrial (Inglaterra, Holanda, Dinamarca e Alemanha)
  • Ásia (2015): Crescimento Rápido (Singapura, Malásia, Hong-Kong, Taiwan, China, Japão e Coréia do Sul)
  • Estados Unidos (1993 – 2013): Capitalismo e Conhecimento (Boston, New York, Chicago, San Francisco/Silicon Valley, Washington, Atlanta, Seattle, Salt Lake City, Los Angeles, Miami – Canada: Vancouver, Calgary, Toronto, Montreal)
  • América Latina (2013): Subdesenvolvimento latino-americano (Peru, Chile, Argentina, México, Porto Rico/EUA, Ilhas Virgens, Bahamas)
  • Países Nórdicos (1999): Responsabilidade Social (Noruega e Suécia)
  • Brasil (2005-2019): História (Paraty, Rio de Janeiro, Petrópolis, São João Del Rey, Ouro Preto, Belo Horizonte); Amazonas (Manaus, Santarém, Belém, Boa Vista); Central (Brasília, Goiânia, Uberlândia, Palmas); Pantanal (Bonito, Corumbá, Campo Grande); Foz do Iguaçu; Nordeste/ES (Vitória, Porto Seguro, Salvador, Maceió, Recife, João Pessoa, Natal, Fortaleza, São Luís, Imperatriz); Sul (Curitiba, Maringá, Londrina, Ponta Grossa, Cascavel, Joinville, Blumenau, Chapecó, Florianópolis, Criciúma, Porto Alegre, Gramado/Canela); Industrialização Paulista (São Paulo, Santos, Campinas, São José dos Campos, Sorocaba, Limeira, Ribeirão Preto, Rio Preto, Rio Claro, Jaú, Bauru, Marília, Dracena, Presidente Prudente)

 

2 comentários em “Histórico”

  1. Eduardo, pai do rapaz =)
    Gostei muito do enfoque que você dá ao blog, cotejando economia com ciência política.
    Fazendo uso das ferramentas analíticas de sua incursão venturosa na América do Norte.
    Cara, acho que você poderá tirar proveito da obra desse meu renomado parente que é “case study” da nossa diplomacia econômica.
    O velho Zé era analista astuto e apaixonado pelos EUA, dei muitas risadas e aprendi horrores lendo trechos aqui e acolá… 》 http://www.brasiliana.usp.br/handle/1918/01257300

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