Tem muito brasileiro que acredita que democracia é todo brasileiro ter o direito de votar a cada 4 anos. Isto faz parte, mas na verdade o conceito de democracia é o de que o povo exerce a soberania para que as decisões tomadas sejam para o bem da maioria da população, ou seja, o objetivo é garantir que as decisões tomadas beneficiem a maioria da população.
Não é o que temos agora. Não só temos um presidente que não elegemos, veio no vácuo da biruta, como temos 3 poderes com grande evidência de corrupção: executivo, legislativo e judiciário. Corrupção esta que está aumentando a concentração de renda e desviando nossos limitados recursos para o setor financeiro com bancos tendo recorde de lucro em meio à depressão.
Neste contexto temos algumas alternativas: Deus, a Constituição e o Exército. O brasileiro que não conhece nossa História tem uma série de preconceitos contra o Exército devido ao período de ditadura. Como a criança que teve um pai durão, que só vai reconhecer o valor do pai quando se transforma em pai e já é um profissional de sucesso. Aço se forja com fogo, não com água e açúcar.
O Exército tem um papel fundamental em nossa estrutura de sociedade. Ele é o brasileiro armado, ou seja, nós demos a ele o poder de fazer o que quiser com o Brasil, pois quem está armado manda. Tem gente que acha que isto é ruim, mas não tem sistema humano perfeito e alguém tem que ter esta responsabilidade. No caso do Brasil, e em vários países do mundo, este poder está no Exército.
A maneira como esta instituição é organizada é fundamental para poder garantir a boa governança e saúde do país. A missão do Exército é defender os interesses da população brasileira (Contribuir para a garantia da soberania nacional, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, salvaguardando os interesses nacionais e cooperando com o desenvolvimento nacional e o bem-estar social). Não é obedecer político e juiz corruptos. O compromisso deles é com o Brasil. Para isto é formado por qualquer brasileiro que preste o serviço militar pondo sua vida a risco para defender o país. Todos têm esta opção e direito. Rico ou pobre, branco, mulato ou negro. É uma instituição legitimamente brasileira, onde todos começam embaixo e a meritocracia leva os mais capacitados para o topo.
A melhor evidência empírica disto é comparar a entrevista do Eduardo Villas Bôas ao Valor (Somos um país que está à deriva) com qualquer discurso do Temer. A superioridade intelectual e de comprometimento com o Brasil é dramática. E achar que o Bolsonaro representa o Exército é o mesmo que achar que um supervisor de fábrica tem competência para comandar uma empresa nacional.
O Exército é um protetor oculto da sociedade brasileira que não se envolve com política. Não gosta, não tem o perfil e sabe que seu papel é mais nobre do que isto. Ele precisa garantir que haja Ordem, para termos Progresso. Este lema positivista está na nossa bandeira desde o início da República (1889) e está acima da Constituição no espírito da população brasileira.
Já tivemos 9 presidentes militares. Foi o Exército que nos tirou da monarquia em 1889, comandou o país por 5 anos e nos introduziu na democracia em 1894. Tivemos dois presidentes militares eleitos (1910 e 1946). Em 1964 tiveram que assumir a baderna quando comunistas (“iluminados” corruptos destruidores de riqueza) tentaram brincar com o Brasil. Se não fosse o Exército brasileiro, nosso caso seria similar ao de Cuba, China do Mao (Revolução Cultural) ou Russia do Putin.
Democraticamente estamos bem melhores do que estas 3 comparações. Contudo economicamente estamos bem pior do que a China onde o Exército não soltou completamente o poder e está fazendo uma transição para a democracia de maneira mais lenta, garantindo riqueza e conhecimento na população antes do direito ao sufrágio universal.
A democracia no voto não está garantindo a democracia efetiva nos resultados sociais e econômicos no Brasil. Precisamos de um reset na nossa democracia e esta responsabilidade está historicamente nas mãos do Exército. Villas Bôas, Socorro!