O governo federal no intuito de animar a economia resolveu aumentar o crédito em R$83B. Outro gol contra, da mesma forma que usa os juros para combater a inflação.
Aumentar o crédito para empresas em dificuldade ou consumidores sem renda não faz sentido econômico. Não se deve emprestar dinheiro para quem não pode pagar. Afunda mais a economia. É como um empresa que dá prejuízo continuar funcionando. Cada ano fica pior. Foi o que o governo fez com o setor sucroalcooleiro. Prejudicou o negócio emprestando dinheiro mas abaixando as margens (retirou CIDE, conteve preço da gasolina, manteve câmbio sobrevalorizado). Ajudou a inviabilizar o setor.
Os empresários precisam de mais negócios lucrativos. Dinheiro está sobrando, só que preferem deixar no banco ganhando juros sem fazer esforço. O próprio Bradesco falou que não tem gente querendo pegar empréstimos. Há poucos projetos lucrativos a ponto de reanimar a economia. Aumentar a capacidade de consumo com o crédito, sem ter renda para pagá-lo de volta, é entrar em um buraco negro. E o governo está facilitando a entrada.
Não adianta ficar brincando de crédito e juros altos. São medidas que prejudicam ainda mais o doente, apesar de parecer em alguns casos que alivia a dor momentânea. O foco precisa ser em aumentar perspectiva de lucro e eliminar o déficit nominal. Câmbio desvalorizado, juros minimizados, redução de despesas e inflação de mercado é o único caminho sustentável que temos. Maximização de emprego a qualquer custo.