9 brasileiros definem uma política macro-econômica que causou R$3 trilhões de perdas ao Brasil desde 2014, considerando perdas de PIB e aumento de endividamento público, levando em conta nosso histórico vôo de galinha de 2,6% ao ano. Em 2013 estávamos com as contas públicas equilibradas com um déficit nominal de 3% e crescimento de 3%. Subiram o juro de 7,25% para 14,25% reprimindo assim a arrecadação tributária e aumentando as despesas financeiras levando o déficit nominal para 10% e afundando o PIB para -3,8%. A duplicação do juro causou 6,8% de reversão do PIB em 2 anos. Mantiveram este déficit nominal com o juro alto e perdemos mais 3,5% de PIB em 2016 e caminhamos para perder mais 3% em 2017.
Estes 9 controlam um orçamento de R$400-500B/ano em despesas financeiras sem nenhuma governança razoável e são todos da comunidade financeira, não produtiva e geradora de poucos empregos. Comunidade que tem o juro como receita de suas operações. Situação de claro conflito de interesse em qualquer análise de boas práticas de governança corporativa.
Além das perdas econômicas, levaram nosso desemprego de 6% para 12,6%. 30 milhões de brasileiros estão desempregados (12,9M), sub-empregados (10,1M) ou desistiram de procurar emprego (7M), afetando mais de 60 milhões da população. O salário médio de quem está empregado é de R$1,8K/mês, fazendo com que na média o Brasil seja um país de empregadas domésticas.
Neste contexto já miserável, a violência vem aumentando drasticamente nas ruas, nos presídios, em greve de Policiais Militares com a falta de recursos públicos por ter comprometido o orçamento de todos os Estados brasileiros. Brasileiros estão morrendo sem necessidade.
Esta política contracionista de base monetária gerou a maior destruição de riqueza voluntária da humanidade, em total desrespeito às melhores práticas internacionais da macroeconomia. Friedman, pai do monetarismo, recomendaria uma política de expansionismo monetário em situações recessivas, o que seria juro moderado por volta de 5%. O Copom manteve o juro nesta semana em 12,25% e aparecem sorrindo na foto.
Ao invés de perdermos tempo com questões de corrupção, mágoas partidárias contra o PT, birutisses da Dilma, delação da Odebrecht, PECs etc. deveríamos concentrar nossa energia em corrigir este grupo, mudar a missão do Bacen para maximização de emprego a juro moderado (como o FED) e trazer ciência macro-econômica para a mesa com respeito ao conhecimento deixado por Keynes, Friedman e Smith.
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