A Melhoria da Gestão Macro-Econômica.

Saímos de um governo medíocre com a DR, causador de R$1,8 trilhões em prejuízo econômicos para o país, e entramos em um governo ruim, que já causou R$250 bilhões de prejuízo e deve continuar neste rumo. R$5 bilhões por dia útil. [Nosso cálculo de prejuízo considera a perda de PIB a partir de nossa curva histórica de 2,2% de crescimento anual e o aumento da dívida pública]

Com a DR estávamos em um situação de irracionalidade sem liderança. Com MT temos liderança e racionalidade, contudo uma racionalidade de valores sociais invertidos. O liberalismo econômico:

  • Mantém juros estratosféricos de 14,25% que criam déficit nominal acima de 10% e depressão econômica
  • Aprovam déficit primários irresponsáveis de R$170B em 2016 e mais de R$140B em 2017. Demonstração clara de falta de compromisso no curto-prazo
  • Eliminação de compromisso com distribuição de renda e projetos sociais nas áreas de saúde, educação e moradia.
  • Apreciação do R$ frente ao dólar favorecendo importações
  • Consideração de aumento de tributação para cobrir déficit do governo
  • Consideração de agenda liberal para abrir mais a economia favorecendo importações e perdas de emprego
  • Foco em meta de inflação ao invés de meta de poder de compra de trabalhadores (visão rentista para “justificar” juros elevados)

Em resumo o governo está demonstrando a continuidade do elitismo financeiro irresponsável que menospreza a importância dos empresários nacionais, dos trabalhadores e da comunidade como um todo.

Ferramentas para revertermos a situação:

  1. TSE deve derrubar a chapa com a enorme quantidade de evidências sobre dinheiro ilícito na campanha de 2014. Previsão início de 2017
  2. Justiça deve limpar Senado e Câmara dos Deputados com a evolução da Lava Jato e outras iniciativas similares. Entra aqui a lentidão do STF com a questão de foro privilegiado
  3. PGR deveria avaliar os 9 membros do Copom, o conflito de interesse em relação ao setor financeiro rentista, o poder de decidir mais de R$500B de orçamento de juros com irresponsabilidade fiscal e prejuízo social de R$5 bilhões por dia útil.
  4. Movimentos civis devem pressionar agenda econômica para que priorize a redução do desemprego: novo governo
  5. Formação de nova liderança política com plano claro para crescimento econômico, pleno emprego e distribuição de renda. Deveremos ter eleições indiretas no Congresso durante 2017.

A situação atual é desesperadora, com desemprego em 11,3% e subindo para 14%. Violência quebrando recordes, mortes desnecessárias por falta de recursos públicos, desalento e perda de perspectiva dos cidadãos. Esta situação negativa deve ser convertida em movimentações civis para mudança de política econômica. Se considerarmos que o que importa na vida e no mundo são os resultados, muito mais importante do que a corrupção corporativa, nosso principal desafio é a má gestão da política macro-econômica do país.

Publicado por

Eduardo Giuliani

Edu é místico* e empresário nos setores de agronegócio, bioenergia, venture capital e imobiliário. Trabalhou como consultor pela McKinsey & Co. (1991-97) e investidor pela Advent International (1998-99). Iniciou estudos sobre crescimento econômico em 1994 com o Curso National Economic Strategies de Bruce R. Scott na Harvard Business School (Membro do U.S. Competitiveness Policy Council). Cursou System Dynamics no MIT (1994). Liderou trabalho de produtividade em Telecomunicações e Construção no McKinsey Global Institute (1997). Engenheiro de Produção pela Escola Politécnica da USP (1989). MBA pela Harvard Business School (1995). Tenente da Reserva do Exército (1985). Casado. Três filhos. Tri-atleta. * místico é uma pessoa que aborda os mistérios da vida através do método científico, sem aceitar dogmas e ideologias. Método científico sendo o processo de fazer análises de evidências empíricas sem ter conflito de interesse.

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