A humanidade evolui sempre adotando o melhor modelo para uma quantidade maior de pessoas. No início das civilizações tínhamos reis e tiranias (e.g.: Egito, Pérsia). Os filósofos gregos neste contexto criaram o conceito da república e da democracia (500 AC a 100 DC), mas continuamos com reis e tiranias até os EUA implantarem a primeira república com sua independência em 1776. Os europeus foram evoluindo de reinados para repúblicas nos séculos seguintes. E Singapura, seguida pela China, criou uma nova evolução política superior e mais inclusiva do que o modelo ocidental. A evidência empírica do sucesso econômico e social deste modelo é incontestável, mas poucas pessoas no ocidente o entende porque nossa mídia distorce o que realmente acontece por lá. Veja este vídeo sobre Shenzhen (Vale do Silício Chinês). [Ditado Chinês: quer conhecer o passado da China vá para Pequim, China atual está em Shanghai, o futuro está em Shenzhen].
O segredo por trás deste modelo está na maneira como ele utiliza os cérebros da população. Quanto mais inclusivo, quanto maior o número de cérebros engajados neste processo de gestão da comunidade, maior o sucesso. É intuitivo, mas não é o praticado porque os interesses de grupos andam a frente do interesse comum quando há falta de transparência e má governança, comum nos sistemas políticos da maioria dos países.
Em 1965 Singapura iniciou este modelo com o People Action Party, país tem hoje 5,7 milhões de habitantes. Em 1978 a China sai do comunismo marxista e inicia a replicação deste modelo em país que hoje tem 1,4 bilhão de habitantes. Trata-se de um modelo no qual o governo é competente, tem os incentivos corretos para maximizar o bem estar da população e trata diversidade através da priorização da Harmonia.
As evidências empíricas do sucesso podem ser resumidas pela taxa de crescimento de Singapura desde 1965. Hoje é um dos países mais ricos do mundo per capita se considerarmos no PIB só questões relacionadas a conhecimento e tirarmos distorções como commodities (p.ex. petróleo) ou recursos financeiros (p.ex. paraísos fiscais).
A China replicou e melhorou o modelo de Singapura com sua escala de recursos. Além de taxas de crescimento fenomenais desde 1978, o país está presente em todas as tecnologias de ponta, e tem um governo ainda mais independente do setor privado do que Singapura, como evidenciado pela pressão exercida pelo presidente Xi sobre os empresários para eles criarem políticas mais inclusivas para a população a partir do ano passado, e também pelo desempenho no combate à covid. China está com mortalidade de 4 óbitos por milhão de habitantes, enquanto Singapura está com 229, Reino Unido 2.578 e EUA 3.068.
Enquanto os governos do ocidente são capturados pela iniciativa privada através de lobbies e corrupção, este efeito foi minimizado em Singapura desde sua fundação, mas a China conseguiu ir além minimizando ainda mais a influência negativa do modelo capitalista ocidental.
A economia chinesa já é 20% maior do que a dos EUA em US$ em paridade de poder de compra, e cresce a taxas mais rápidas. Seu modelo de gestão econômica e social é mais inteligente e inclusivo. O comunismo versão Karl Marx, inepto, que teve a Revolução Cultural como uma de suas marcas, aprendeu com Singapura e criou um “capitalismo inclusivo” ou “comunismo capitalista“. O comunismo que invadiu a China em 1949 não conseguiu entrar em Singapura devido a liderança marcante de Lee Kuan Yew. Nestes países há um compromisso claro com progresso, emprego, moradia, educação e infra-estrutura para todos.
Adam Smith e John Keynes se preocupavam como os governos poderiam ser corrompidos com os interesses da iniciativa privada, em situações tipo monopólio, e outras onde agentes públicos mal remunerados, tomando decisões de impacto no lucro das empresas, seriam corrompidos influenciados por interesses próprios não alinhados com os da população.
O interesse próprio do setor privado dos EUA e do Reino Unido, países importantes no Ocidente, determinaram a alta mortalidade de covid em seus países (3.068 e 2.578 por milhão de habitantes), privilegiando vacinas emergenciais (mRNA) e medicamentos caros (remdesivir) e impedindo que medicamentos genéricos eficazes como ivermectina fossem usados preventivamente e no tratamento da doença. Índia, Egito, Bangladesh, República Dominicana, Zimbabwe, Nigeria, RDC e vários outros países que usam este medicamento já estão livres da covid segundo dados do worldometers.info e new york times covid. Este interesse próprio das grandes empresas do setor privado está presente no governo, nas agências de saúde (FDA, NIH, CDC, EMA, OMS/WHO etc.) e nas principais mídias devido a seus anunciantes.
Este interesse próprio no setor de saúde também existe no setor bélico e impulsiona o governo dos EUA a criar este contexto de 3a Guerra Mundial com a Rússia, enquanto a China tem uma política mais harmônica, respeitando diversidade de visões de mundo, para evitar conflitos desnecessários e que danificam a evolução da humanidade.
Quando nos defrontamos com situações de Desinformação, como muito praticado pelas religiões, principalmente na Idade Média, precisamos aplicar o Método Científico, ou seja, acreditar em evidências empíricas analisadas por profissionais sem conflito de interesse. Isto não ocorre quando governos, agências, igrejas, hospitais e mídias possuem interesses (financeiros) diferentes do da população em geral.
Covid deveria ter sido uma lição com 6,3 milhões de mortes pelo mundo, mais de 80% evitáveis e concentradas nos países com mais recursos per capita e mais desenvolvidos. Precisamos evitar entrar em uma Terceira Guerra Mundial também por questão de Desinformação. Para isso é fundamental sempre entender a posição da China, sem as distorções típicas de nossa mídia. Não estamos habituados ao conceito de Harmonia.